O velho ditado "Onde há fumaça, há fogo" poderia ter sido usado quando do anúncio da parceria Corinthians/MSI. Eram suspeitas de fraude do fundo de investimentos russo que dia-a-dia se comentava na imprensa brasileira. E ninguém fez nada. O povo corintiano deixou o clube assim: à beira do caos.Pelas acusações ao magnata russo Boris Berezovsky, principal agente do MSI, os mais capacitados jornalistas já previam os motivos pelos quais o grupo europeu resolveu investir no futebol brasileiro: a lavagem de dinheiro. Fato que foi comprovado nos últimos dias através de escutas telefônicas devidamente autorizadas pela justiça. "Para com esse negócio de lavagem de dinheiro", dizia Kia Joorabchian ao braço-direito dele no Brasil, Renato Duprat. E Alberto Dualib (foto), nem sem fala!
As contratações de peso para o futebol feitas pelo MSI geraram um clima de ansiedade entre dirigentes e torcedores que, de forma alguma, não queriam enxergar o que poderia, num futuro breve, manchar a história do Corinthians. Carlitos Tevez, Mascherano, Roger e Nilmar foram contratados através de dinheiro sujo da Rússia mandado por Berezovsky. Se tornaram campeões brasileiros, mas hoje se paga o preço desse título. A torcida vibrava, mas sentia que algo de errado havia. O silêncio dela foi aliado dos dirigentes. Daí pergunto: Será que um campeonato ganho vale mais do que a humilhação por qual passa o clube hoje?
No Brasil, se não bastasse a corrupção na Câmara dos Deputados com o caso Mensalão, no Senado desmoralizado por Renan Calheiros, ainda temos que conviver com desvios e lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e outros crimes na maior paixão do povo brasileiro. Como diria um certo andarilho: "É o fim da picada".
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