quarta-feira, 25 de abril de 2007

Atitude de perdedor

O América de São José do Rio Preto foi rebaixado para a segunda divisão do Campeonato Paulista deste ano. E muito bem rebaixado. O fracasso foi mereceido pela falta de competência administrativa e futebolística dos dirigentes. Agora, buscando meios imorais e incorretos, o Diabo quer que o Sertãozinho seja punido em seu lugar. Motivo: o volante Émerson que jogou pelo Touro com o nome do irmão.
Lembro que a troca de nomes foi feita em 1994, ou seja, há 13 anos e Emérson, na verdade nomeado por Darci, atuou por vários outros clubes do Brasil dessa maneira. O que abriria um precedente de que todos os times pelos quais jogou também fossem punidos. O que seria injusto caso seja confirmada a informação dada pelo jogador de que não houve interferência de ninguém, a não ser dos próprios irmãos, para a mudança dos nomes.
Segundo Darci (o Emérson do futebol), a troca aconteceu por causa do irmão que precisava fugir de traficantes que o juravam de morte. Para ajudar o ente querido, o jogador não pensou duas vezes. Assim, teve sua idade reduzida em dois anos. O que para muitos favoreceu o atleta no início de carreira. E por isso, o volante deverá ser punido com três meses de suspensão.
A diretoria do América está fazendo jogo de cena para tentar desfocar a torcida que só viu besteiras ao longo da competição. Eles disseram que a siuação se espelha no caso Duda, do Botafogo de Ribeirão Preto, que jogou sem contrato em 2005. Sem comentários. Êta dirigentes incompetetes e ignorantes! É uma atitude de perdedor.
Pergunto aos leitores deste artigo: Que culpa tem o Sertãozinho numa troca de identidade que aconteceu há 13 anos? O que isso influenciou na classificação final do campeonato? Como eu diria no microfone da Rádio 79: "Tá de brincadeira hein!" Digo com absoluta convicção que o Sertãozinho não merece e não será punido pela Federação Paulista de Futebol.

terça-feira, 24 de abril de 2007

Às vésperas da eliminação

O Botafogo está prestes a ser eliminado do Campeonato Paulista da Série A-2 de 2007. Amanhã a equipe enfrenta o Rio Preto no estádio Santa Cruz totalmente abatido com a derrota para o Mirassol no último domingo e deve, mais uma vez, decepcionar sua torcida imensa. As chances para o acesso à primeira divisão ainda existem, mas aparecem apenas nos cálculos. Na cabeça do torcedor já terminaram.
Quem nos acompanhou pela Rádio 79 ao longo da competição sabe que sempre dissemos: "Esse campeonato está muito fácil." E estava mesmo. A maior prova disso é que o Botafogo conquistou menos da metade dos pontos disputados na primeira fase e se classificou. E mais: pode até fazer oito dos 18 pontos na fase final e conquistar o objetivo em acender à Série A-1. Além desse argumento, outro fato que comprova a tese é que até agora com 23 rodadas disputadas, o Tricolor ainda não conseguiu encontrar qual o time adequado para jogar. Jogo a jogo, o técnico muda a escalação a fim de melhorar o rendimento que é ridículo, diga-se de passagem. E mesmo assim, o time ainda tem chance de subir. Ô campeonatozinho mixuruco hein!
Tão fácil assim e o Pantera não se deu bem. Por quê? Ah, essa pergunta pode ter várias respostas. Mas, como acompanhei o dia-a-dia do clube desde o início da competição, sinto-me mais gabaritado para responder e tentar explicar quais os reais motivos para o não acesso (ainda não consumado, mas já admitido).
Começo falando sobre o trabalho da diretoria que se esforçou ao máximo para contratar jogadores de acordo (ou até um pouco a mais) com a receita financeira prevista para o primeiro semestre deste ano. Os jogadores que "reforçaram" a equipe foram escolhidos, em sua maioria, a dedo pelos dirigentes. Outros, poucos, foram contratados por indicação de empresários ou, surpreendam-se, pelos treinadores, fato que repudio no futebol. Daí, o primeiro erro.
O segundo deslize se deu na não contratação de um diretor de futebol remunerado para trabalhar junto à equipe e a comissão técnica. Um profissional sério e que tivesse pulso forte para "mexer" com o elenco quando precisasse. O pulso forte que, aliás, faltou ao longo do campeonato. Os jogadores tinham o que queriam. Muita mordomia.
Por falar neles, os atletas, bem pagos, por sinal, digo que alguns merecem críticas. Outros, elogios. O goleiro Marcão, os laterais Rodrigo Santos e Tita, o zagueiro Hugo, o volante Evandro e o meia Leandro Miranda atrapalharam o Botafogo. E eu explico o porquê. Marcão, então ídolo da torcida, provocou problemas no grupo. Ele gosta de fazer "marketing pessoal" com a torcida. E isso incomodou parte do elenco. Rodrigo e Tita se acham os melhores jogadores do mundo. Estrelas apagadas, principalmente o primeiro. Hugo esteve fora de forma por todo o campeonato. Esforçou-se apenas no final. O jovem Evandro até que lutava em campo, mas achava que o Bota já tinha subido. Se enganou. E o Leandro não foi o bom jogador da Copa FPF. E mais, xingou torcedor que pagou ingresso e viajou para ver o time jogar longe. Falta de vergonha hein! Tem mais: Denner, Samir, Beto, Willians, Marcelinho, Alê e Vitor Hugo também não jogaram nada. Marcinho, Adriano Iversen, Gérson, Cris e Marcelo Cordeiro merecem elogios. Ao menos, lutaram.
Os técnicos ajudaram a afundar o clube: Paulo Cezar Catanoce foi o melhor. Errou menos, na verdade. Só saiu por desgaste com os jogadores. Pra mim, normal. Paulo Roberto é arrogante, saiu tarde. Nem deveria ter vindo. E o Nenê Bellarmino foi a grande decepção. Errou e não conseguiu mexer com o elenco. No ponto dos treinadores, a diretoria acertou em mudar.
A torcida que compareceu ao estádio está de parabéns. Cantou, gritou, incentivou e ajudou o time a vencer alguns jogos. Protestou e criticou na hora certa, assumindo um papel importante na vida de um clube de futebol. Sejam feitas ressalvas à Fiel Força Tricolor.
Às vésperas de dizer adeus ao acesso em 2007, digo que os principais responsáveis pelo fracasso do glorioso Botafogo foram, sem sombra de dúvida, os jogadores. Atletas descompromissados, fracos psicologicamente e tecnicamente, que não vestiram com amor a camisa do Pantera. O sonho de voltar à elite do futebol ficou para 2008. Que os erros sejam aprendizado para a próxima tentativa.

Crise alvinegra

A cada gol sofrido, a cada derrota, a cada frustração, a cada eliminação, o pensamento do torcedor do Comercial volta-se para tentar descobrir quais os reais motivos de tanta tristeza provocada nos últimos anos. Com campanhas ridículas na maioria dos campeonatos, o clube está há 22 anos longe da primeira divisão do Campeonato Paulista. Isso sem falar no Brasileiro.
Durante os jogos, os mais criticados são os jogadores, talvez o técnico, mas os grandes responsáveis pela má fase do time de Palma Travassos estão de terno e gravata. Os dirigentes que tanto se gabam quando conseguem algo expressivo, hoje, são os mais execrados pela torcida nacional. No caso comercialino, eles também são os responsáveis. Não por incompetência futebolística, mas pela falta de capacidade administrativa.
O trabalho de um clube não se dá apenas em uma temporada ou em um campeonato, mas sim, em médio-longo prazo. Pode até ser que uma equipe não dê certo, que haja outros problemas envolvendo os jogadores ou que por detalhes o time não conquiste o objetivo, mas se o projeto for sério e honesto, dentro em breve, haverá a recompensa.
O Comercial sofre com a falta de credibilidade perante o mercado do futebol. Jogadores ficam sem receber salários, processam o clube e causam uma situação constrangedora para a coletividade. Na hora de contratar novos atletas a fim de montar uma equipe competitiva, a dificuldade de acerto é grande, justamente pela desconfiança dos boleiros.
Isso é culpa de quem? Obviamente da diretoria, mais especificamente do senhor presidente do clube. Não só do atual, Santino Soares da Silva Junior, mas dos antecessores também que “ajudaram” a danificar a imagem do glorioso alvinegro da Jóia.
Aí você diz, é fácil criticar, o difícil é apontar soluções. Daí arrisco uma: O Comercial precisa de gente nova com vontade de trabalhar para o bem da nação comercialina. Há a necessidade de um nome diferente para assumir o Comercial e animar também a grande torcida em preto e branco.
Indico uma pessoa que pouco tem contribuído e já disse que assumiria a presidência. O advogado Carlos Andreotti, hoje é um dos vice-presidentes, não tem sua credibilidade arranhada e pode trazer de volta as grandes glórias ao torcedor leonino.